Abstract

O presente trabalho se propõe a instaurar um diálogo crítico com a filosofia dantiana da arte. A primeira parte do texto acompanha o desenrolar da construção teórica dos trabalhos de Danto paralelamente ao desafio de explicar as conseqüências estéticas e filosóficas das mudanças que ocorreram no cenário artístico mundial contemporâneo. Mostramos como Danto extrai implicações filosóficas dessas mudanças, colocando em pauta temas como o da liberdade artística, do pluralismo, das identidades multiculturais e da política. Contudo, problematizamos também os aspectos ideológicos presentes na relação que ele estabeleceu entre sua tese do fim da arte e a ideia do fim da história. Na segunda parte do texto, discutimos algumas intuições do próprio Danto sobre os temas acima elencados para confrontarmos sua teoria oficial com a especificidade da produção local de identidades artísticas periféricas. Finalmente, procuramos indicar como alguns elementos renovados da Teoria Crítica da Sociedade podem nos ajudar a perceber o surgimento de subjetividades históricas que estão fora da comunidade dominante, mas encontram com grande criatividade “novos usos” para os objetos do cotidiano, bem como para suas próprias identidades, em contraste com aqueles que vivem apáticos sob a segurança e a acomodação política do mercado global.

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