Abstract

O artigo objetiva descrever os modos de apropriação da escrita e suas consequências nos processos de construção de crenças, valores, capacidades e competências em relação à cultura escrita por jovens indígenas que cursaram o terceiro ano do segundo grau entre 2009 e 2011. A consolidação do projeto de escola diferenciada nas aldeias Xakriabá depende dos mecanismos e das representações por meio dos quais os sujeitos interpretam e dão sentido à escola e às práticas de letramento. Observou-se que a escrita no contexto escolar está articulada às demandas sociais e políticas, nas quais jovens escolarizados aparecem como personagens importantes ao lado dos mais velhos, sendo utilizada como mediadora das relações em vários contextos. Além disso, a escrita é importante na construção de narrativas pessoais e coletivas articuladas aos processos de (re)construção da identidade frente às demandas sociais e políticas.

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