Abstract

Resumo: Em 1969, a revolucionária palestiniana Leila Khaled desviou um avião e ficou conhecida como a primeira mulher hijacker. A história desta mulher foi, estranhamente, pouco ou mal contada. As opiniões em torno da sua personalidade complexa são muito diversas e contraditórias: algumas consideram-na revolucionária, feminista, símbolo da resistência palestiniana e a Che Guevara das mulheres. Outras olham-na como nacionalista, anti-feminista, traidora do seu sexo ou até terrorista. Curiosamente, estas opiniões, na sua maioria, formaram-se sobretudo em torno do corpo de Leila Khaled, especialmente através de um retrato que se tornara icónico, transformando-a num símbolo da resistência palestiniana e das mulheres revolucionárias. Este artigo reflecte sobre o corpo-ícone de Leila Khaled, e como este corpo confundiu as leituras hegemónicas e quebrou estereótipos sobre os corpos das mulheres árabes.

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