Abstract
Considerando os desafios que a falta de cobertura noticiosa impõe, em particular numa fase de definição de identidade e participação como a juventude, este artigo procura compreender como é que a (in)existência de jornalismo regional impacta o consumo mediático dos jovens residentes em Portugal, com idades compreendidas entre os 15 e os 24 anos. Através de uma abordagem quantitativa e comparativa, operacionalizada a partir de um inquérito por questionário, os resultados apontam para poucas diferenças significativas entre o consumo mediático, protagonizado por esta audiência, fora e dentro dos desertos de notícias no país. Estas evidências convidam, por um lado, ao debate sobre que estratégias podem garantir o acesso das pessoas jovens a informações relevantes e diversificadas, capazes de assegurar a sua compreensão crítica e envolvimento cívico; e, por outro, à interrogação sobre o exercício do jornalismo regional e o cumprimento das funções a que se propõe.
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