Abstract

Este ensaio percorre a relação do poeta, ensaísta e romancista Jorge de Lima (1893-1953) com a questão (a tragédia, o genocídio) indígena. O texto parte da Invenção de Orfeu (1952), mas retorna às origens da problemática relação através de obras menos conhecidas do autor, como Rassenbildung und rassenpolitik in Brasilien (1934), Salomão e as mulheres (1927), “Todos cantam sua terra...” (1929) e Anchieta (1934), desenhando um painel de ideologias controversas e feracidades contraideológicas. A semiofagia do grande poema, este experimento épico-nacional, só pode ser compreendida a partir de um duplo gesto, devorador de si próprio e violador de sua ascendência.

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