Abstract
O BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) constituiu um marco do início do século XXI e gerou expectativas de ser um polo alternativo à ordem mundial baseada nos Estados Unidos. Embora tenha construído diferentes espaços de cooperação e instituições comuns na última década, a relação entre os países do BRICS é assimétrica, principalmente em virtude do peso econômico da China. Este artigo tem por objetivo fornecer um panorama dos investimentos da China em três outros membros do BRICS: Brasil, África do Sul e Índia. Metodologicamente, evidenciamos as características mais relevantes dos investimentos chineses, observando os seguintes itens: principais empresas e bancos de investimento; volumes de investimento e principais setores; e participação do governo local e instituições parceiras privadas. Além disso, destacamos alguns programas e políticas públicas que facilitam o investimento chinês em cada um desses países. Por fim, verificamos a existência ou não de impactos sociais, ambientais e trabalhistas que possam estar envoltos nos projetos. Neste sentido, o artigo fornece aspectos relevantes que permitem identificar similaridades e diferenças nas relações econômicas de cada país com a China. Apresentamos a síntese dos resultados na forma de figuras.
Highlights
O BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) constituiu um marco do início do século XXI e gerou expectativas de ser um polo alternativo à ordem mundial baseada nos Estados Unidos
We’ve tried to verify the existence or not of social, environmental and labor impacts that may be involved in these projects
Lejos de agotar el tema, dada la dinámica de las inversiones chinas y la complejidade de cada país, el artículo busca presentar aspectos y tendencias relevantes, que permiten identificar semejanzas y diferencias en las relaciones económicas de cada país com China
Summary
A formação do BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) representa um marco do início do século XXI. De acordo com dados divulgados pelo Ministério das Relações Exteriores do Brasil sobre o comércio intra-BRICS, Investimentos da China no Brasil, na África do Sul e na Índia: arranjos institucionais, atores e impactos em 2016, Brasil, Rússia, Índia e África do Sul mostravam-se dependentes das exportações para a China, com uma pauta altamente concentrada em insumos básicos, grãos, petróleo e minério brutos, enquanto as exportações intrabloco da China foram compostas por produtos manufaturados e semimanufaturados.. A atuação do investimento externo no processo de desenvolvimento da China foi uma via de mão dupla: a partir da década de 1970, o país dá início à alavancagem de sua economia nacional com a criação de condições para a acumulação de capital, nacional e estrangeiro, dentro de seu território, apoiado por um conjunto de regulações e uma estratégia política e econômica a fim de que os investimentos estrangeiros entrassem e contribuíssem significativamente para estratégias nacionais de produção, comércio e inovação tecnológica. Entre as duas potências asiáticas, a relação é permeada por tensões geopolíticas, apesar da crescente aproximação comercial e empresarial
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