Abstract
INTRODUÇÃO: Em 2002 a Nomenclatura Brasileira para Laudos de Citopatologia Cervical Uterina foi revisada, sendo criada uma categoria para atipias de significado indeterminado (ASI) e elaborada uma categoria de origem indefinida (ASIOI). Assim como as células atípicas de significado indeterminado de origem escamosa (ASCUS) e as células atípicas de significado indeterminado de origem glandular (AGUS), a categoria diagnóstica ASIOI é controversa. Apesar disso, nenhum estudo nacional anterior a este investigou sua validade. OBJETIVO: Este trabalho tem como objetivo principal investigar a importância da categoria ASIOI. Secundariamente, visa ainda contribuir com a divulgação da Nomenclatura Brasileira para Laudos de Citopatologia Cervical Uterina, através de sua publicação na íntegra. MATERIAIS E MÉTODOS: Este estudo resultou da colaboração de dois laboratórios privados de anatomia patológica e citopatologia. Os casos foram selecionados a partir de arquivos de exames citopatológicos, realizados entre 2000 e 2004, com diagnóstico de ASCUS ou AGUS e seguidos por exame histológico. Foram selecionados e revisados 30 casos, sendo identificados campos citológicos diagnósticos de ASIOI, ASCUS e AGUS. RESULTADOS: Dos 30 casos, 26 foram selecionados para o estudo após revisão citopatológica. Desses, 19 apresentavam apenas campos citológicos com diagnóstico de ASCUS e/ou AGUS, sendo utilizados como grupo-controle. Apenas sete casos continham campos compatíveis com ASIOI, dos quais 4 (57,1%) estavam associados a AGUS; 1 (14,3%) a ASCUS; 1 (14,3%) estava associado a ambos; e 1 (14,3%) não possuía alterações compatíveis com ASCUS e/ou AGUS. DISCUSSÃO: Os casos de ASIOI encontrados mostraram forte associação com a categoria AGUS e com alterações glandulares na histologia. A maior parte dessas correspondeu a alterações reacionais e benignas, exceto por um caso de displasia e um de adenocarcinoma in situ. O diagnóstico de ASIOI é um achado raro e uma cuidadosa revisão da lâmina, na maioria dos casos, resultará no encontro de campos de AGUS. Vale ainda salientar a forte associação desse diagnóstico com áreas de má fixação nos esfregaços. Novos estudos sobre o assunto serão necessários. Com base nos achados do presente estudo, sugerimos que a persistência desse termo deva ser questionada em futuras revisões da nomenclatura nacional para laudos citopatológicos.
Highlights
In 2002, the Brazilian Nomenclature for Reporting Cervical Cytological Diagnosis was revised
This study has the main objective of investigate the importance of the diagnostic category AUSUO
Cases diagnosed as atypical squamous cells of undetermined significance (ASCUS) or atypical glandular cells of undetermined significance (AGUS) with follow-up were selected from archives of cytopathology exams, collected from the period between 2000 and 2004
Summary
In 2002, the Brazilian Nomenclature for Reporting Cervical Cytological Diagnosis was revised. Objectives: This study has the main objective of investigate the importance of the diagnostic category AUSUO Another purpose is to contribute to spread the Brazilian Nomenclature for Reporting Cervical Cytological Diagnosis, by publishing it entirely. New studies will be necessary to confirm our findings Based in this first approach to this issue, we suggest that the persistence of this term should be questioned in the forthcoming revisions of our national nomenclature for reporting cervical cytological diagnosis. Key words Atypical squamous cells of undetermined significance (ASCUS) Atypical glandular cells of undetermined significance (AGUS) Brazilian Nomenclature for Reporting Cervical Cytological Diagnosis Bethesda System Cytohistological correlation. O primeiro é investigar a importância da categoria diagnóstica ASIOI, proposta pela Nomenclatura Brasileira para Laudos de Citopatologia Cervical Uterina, em 2002, e o segundo objetivo deste estudo é o de colaborar com a divulgação dessa nomenclatura, publicando-a na principal revista nacional sobre patologia e citopatologia
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