Abstract

Este artigo analisa a interação universidade-indústria no Estado do Espírito Santo. É destacado o papel desempenhado pelos Grupos de Pesquisa das Engenharias entre os anos 2000 a 2010, com base nos dados do Diretório dos Grupos de Pesquisa do CNPq, opção Plano Tabular. A análise mostra que a interação universidade-indústria não foi expressiva, apesar da reorganização e expansão do sistema local de Ciência, Tecnologia e inovação (C,T&I). É ressaltado também que a contribuição das escolas de engenharia é mais para a formação de força de trabalho e geração de conhecimento do que para com as interações econômicas com as indústrias . Isso posto, o artigo enfatiza a necessidade de a universidade se tornar mais inovadora em sua abordagem / interações com o setor privado .

Highlights

  • A interação entre as universidades e as empresas (U-E) é uma das questões chave para o desenvolvimento dos sistemas de inovação, (FREEMAN, 1987; LUNDVALL, 1992; NELSON, 1993)

  • Revista Produção Online, Florianópolis, Santa Catarina (SC), v. 16, n. 4, p. 1412-1433, out./dez. 2016. 1412 aplicada e a comercialização de tecnologias

  • Em que pese a existência de mecanismos para incentivar a interação U-E no Brasil, o trabalho de Lemos e Cário (2015), realizado a partir de informações do Diretório de Grupos de Pesquisas do CNPq, mostrou que em média apenas 12,74% dos grupos de pesquisas registrados naquele Diretório relatou ter algum tipo de relacionamento com as empresas

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Summary

INTRODUÇÃO

A interação entre as universidades e as empresas (U-E) é uma das questões chave para o desenvolvimento dos sistemas de inovação, (FREEMAN, 1987; LUNDVALL, 1992; NELSON, 1993). Em meados dos anos 1990, o governo japonês implementou uma série de medidas para incentivar a interação U-E, como por exemplo, a Lei de Ciência e Tecnologia, em 1995, (WU, 2007). Os estudos voltados para a compreensão dos vínculos entre a universidade e os institutos de pesquisa com o setor empresarial no estado capixaba, também tem despertado a atenção de alguns grupos de pesquisadores locais, como é o caso dos trabalhos de Sessa e Grassi (2009), Felipe e Rapini (2011) e Loureiro (2013). Este trabalho tem como objetivo geral analisar a interação U-E no Espírito Santo na década 2000-2010, com foco nas interações verificadas nos grupos de pesquisa relacionados àquela Área do Conhecimento e as empresas. No item 2, é apresentado um breve referencial teórico; no item 3 é apresentada a metodologia do estudo; no item 4 é feita uma contextualização das atividades de C,T&I no Espírito Santo; no item 5 é analisada interação U-E no Espírito Santo com foco nas áreas das Engenharias e, por fim, no item 6, são apresentadas as considerações finais e recomendações para trabalhos futuros

REFERENCIAL TEÓRICO
Interação U-E no Brasil
METODOLOGIA
INTERAÇÂO UNIVERSIDADE-EMPRESA NO ESPÍRITO SANTO: O CASO DAS ENGENHARIAS
Findings
CONSIDERAÇÕES FINAIS E RECOMENDAÇÕES PARA TRABALHOS FUTUROS
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