Abstract

O presente artigo é uma revisão bibliográfica que se propõe abordar interações entre os campos da ciência geográfica e da educação ambiental diante do enfrentamento da crise ambiental contemporânea, procurando evidenciar o meio ambiente como matriz do pensamento geográfico, a educação ambiental como ciência e movimento social decorrente do ambientalismo e as possíveis contribuições do saber/fazer geográfico para o campo da educação ambiental. Sob o prisma da questão do método geográfico proposto por Becker Gomes (1993), busca-se uma análise crítica acerca da proposta do desenvolvimento sustentável como um modelo logístico para ordenar o uso do território. Para tanto, é discutida a implantação da Reserva de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá na Amazônia brasileira no final do século XX com ênfase na concepção de educação ambiental proposta para a unidade de conservação. Como resultado, evidencia-se a relevância de Mamirauá como uma experiência de gestão territorial concreta que expressa uma nova racionalidade identificada com os princípios básicos do discurso do desenvolvimento sustentável que para sua implantação se utiliza, como uma de suas estratégias, de um subprograma de educação ambiental.

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