Abstract

Este trabalho buscou analisar a visita de público escolar em dois diferentes tipos de Museus de Ciências. Foram observadas interações de estudantes visitantes entre si, com professores, com mediadores e com as exposições nessas instituições. A revisão teórica abarcou obras clássicas e estudos mais recentes acerca do tema. A abordagem metodológica de natureza qualitativa com caráter exploratório empregou como técnica observações naturalistas, não-participantes em três museus de Ciências em município da região sul do Brasil: um de Ciências e Tecnologia, tradicional do tipo interativo, e dois tradicionais ortodoxos. Efetuou-se análise de conteúdo, sendo criadas categorias de interação. No museu tradicional do tipo interativo foram mais frequentes interações pessoa-objeto e ocorreram algumas interações visitante-visitante. Nos museus tradicionais ortodoxos, interações pessoa-pessoa foram mais marcantes, sobretudo interações entre visitantes e mediadores. As interações de visitantes com professores foram mais comumente observadas em um dos museus ortodoxos. Neste também foi observada a realização de tarefas e a expressão de associação das exposições com conhecimentos prévios pelos alunos, nenhuma das quais puderam ser observadas no museu interativo. A leitura dos textos explicativos acerca dos objetos e experimentos expostos foi raramente observada nos três museus, embora tenha sido um pouco mais comum no museu interativo. O estudo empírico mostrou que as características dos museus e a atuação dos mediadores influenciam o público, cujos interesses e bagagens de conhecimento marcam a forma como o acervo é explorado.

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