Abstract

A inteligência emocional (IE) pode ser definida como a capacidade de utilizar a razão para compreender as emoções e realçar o pensamento. A IE inclui a aptidão de percecionar as emoções próprias e alheias, de lhes aceder, gerar, compreender e regular (Mayer, Salovey & Caruso, 2000). Esta característica conduz a que, em contexto organizacional, seja considerada como um aspeto a destacar na medida em que vários autores têm relacionado esta variável com o desempenho a nível individual (e.g. Dawn & Sojka, 2003) e coletivo (e.g. Goleman, 1998; Goleman, Boyatsis & McKee, 2002). Além dos fatores individuais e das competências emocionais, também a motivação com as características da função poderá influenciar o desempenho individual. O modelo de Hackman e Oldham (1976), prevê que os indivíduos que procuram desafios, e que revelam maior interesse relativamente ao seu trabalho, estão mais satisfeitos e motivados para um bom desempenho da função. Assim, torna-se cada vez mais importante compreender a relação entre as variáveis de IE, Motivação e Desempenho e a possível relação de mediação da motivação (características da função) na relação entre IE e o Desempenho dos colaboradores. Os dados do presente estudo foram recolhidos através da aplicação das escalas de Rego e Fernandes (2005) para a Inteligência Emocional, da escala de Motivação, tradução do JDS (Job Diagnostic Survey) de Almeida, Faísca, Jesus (2007), e da escala de Avaliação de Desempenho utilizadas na empresa em estudo. Os resultados obtidos não confirmam a existência de um efeito direto da IE na Avaliação de Desempenho, mas confirmam que esta relação existe um efeito mediado pela Motivação.

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