Abstract

Este artigo tem como objetivo investigar marcas de gênero em matrizes da literatura infantil europeia e na participação de escritoras e editoras na criação de uma literatura infantil portuguesa no século XIX. A hipótese subjacente é que, em contraste com outros campos da produção literária e didática, as mulheres encontraram nessa literatura uma área de atuação menos hostil e na qual o sexo e as qualidades atribuídas ao gênero feminino poderiam ser vistos como vantagens. Para mulheres intelectuais, esse tipo de produção permitiu dirigir-se às mães e às crianças como agentes de transformação social conferindo, ao mesmo tempo, um caráter político a sua produção e o reconhecimento de um lugar de autoridade nos debates sobre educação.

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