Abstract

Neste trabalho discute-se como os processos migratórios podem produzir efeitos psicossociais, de diferentes ordens, dimensões e com especificidades, quando se trata da relação entre rural e urbano. O objetivo é identificar relações entre os modos de vida dos jovens universitários e a migração rural-urbana na realidade brasileira. Com base qualitativa, foram realizadas 14 entrevistas semiestruturadas com jovens universitários, de comunidades rurais, integrantes da assistência estudantil de uma instituição pública de ensino superior. Os resultados apontaram que o modo de vida dos jovens universitários que vivenciam a migração rural-urbana está atravessado por inúmeros desafios, dentre os quais a pobreza. Apresentou-se dilemas provenientes da migração para os universitários viajantes, que refletem na mudança do modo de socialização, no distanciamento dos vínculos familiares e na mudança cultural. Concluiu-se que é importante pensar políticas de assistência estudantil que considerem a dimensão socioeconômica e subjetiva, favorecendo o acesso e a permanência do estudante na universidade.

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