Abstract

O artigo busca identificar e analisar alterações hidrogeomorfológicas nos fundos dos vales do ribeirão Ferro-Carvão e do rio Paraopeba decorrentes do rompimento da barragem de rejeito B1 da Mina do Córrego do Feijão (Brumadinho-MG). A pesquisa se baseou no uso de imagens de satélite e de dados quali-quantitativos da primeira estação chuvosa pós-rompimento. O conjunto das alterações identificadas permitiu a definição de cinco trechos fluviais, estando a abrangência dos impactos morfológicos diretamente relacionada à proximidade com o local do rompimento, fato que não se verifica, necessariamente, com relação aos aspectos hidrossedimentológicos. Enquanto o Trecho 1 foi marcado pelo completo soterramento do fundo do vale, nos demais a formação de depósitos de rejeito nas margens, o surgimento de barras de canal na calha do Paraopeba e o entulhamento de áreas de confluência até o reservatório de Retiro Baixo são indicativos de consequências importantes do desastre. O trabalho ilustra como os eventos de rompimento de barragens de rejeito tendem a comprometer a configuração e a dinâmica hidrogeomorfológica de sistemas fluviais, além dos conhecidos impactos socioambientais.

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