Abstract
O objetivo deste artigo foi descrever um caso de aplicação de manutenção autônoma em uma área piloto de uma empresa do ramo metal mecânico. O método de pesquisa foi o estudo de caso único em uma célula de produção com três centros de usinagem em uma empresa fabricante de máquinas agrícolas. Os objetivos secundários do artigo foram: descrever o cenário em que a aplicação ocorreu; descrever procedimentos e resultados; e analisar os benefícios obtidos, apresentando resultados antes e depois da implementação. Os principais resultados da aplicação foram o aumento nos tempos médios entre falhas das máquinas, a redução nos tempos médios até o reparo das máquinas, a redução de refugos e retrabalhos na célula e a redução dos custos de manutenção. Como consequência destes avanços, houve expressivo aumento na eficiência global da célula de 78% para 88,3%, o que pode ser considerado desempenho de classe mundial. Outros ganhos foram a redução de estoque intermediário, de tempo de set-up e da área física ocupada.
Highlights
Revista Produção Online, Florianópolis, SC, v. 16, n. 2, p. 606-632, abr./jun. 2016. 606 anos, os produtos japoneses tornaram-se conhecidos por sua qualidade superior, sendo exportados em grande escala para países ocidentais
Um conceito de gestão utilizado no Japão foi o de Produção Enxuta, segundo o qual, na produção em massa, muitas atividades da manufatura não agregavam valor ao produto nem interessavam ao cliente, por isso precisavam ser eliminadas ou reduzidas, tal como a manutenção de elevados estoques de materiais em processamento ou acabados
Uma das causas da existência de estoques eram as quebras inesperadas de equipamento
Summary
Na segunda metade do século XX, setores da indústria japonesa modificaram suas técnicas de gestão de produção, anteriormente baseadas principalmente em técnicas observadas em fábricas americanas. Uma das técnicas de gestão da manutenção que podem ser úteis em produção enxuta é a metodologia TPM (Manutenção Produtiva Total). Para Nakajima (1989), a TPM corresponde à busca da falha zero nos processos, da quebra zero nas máquinas, e do defeito zero nos produtos. A TPM estabelece a integração total entre o homem, a máquina, e a empresa; com a TPM, a manutenção dos meios de produção passa a ser preocupação e ação de todos (NAKAJIMA, 1993; WIREMAN, 1998). O motivo para esta escolha é que foi por este pilar que a empresa estudada decidiu iniciar sua jornada em direção à TPM. Esta escolha é coerente com o dizer de Suzuki (1994), que afirma que, via de regra, a Manutenção Autônoma torna-se o pilar mais importante e de mais resultado observável em programas de implantação de TPM. O restante do artigo está organizado em: revisão; pesquisa; resultados; e considerações finais
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