Abstract

A adoção de um modelo de gestão empresarial focada em resultados financeiros de curto prazo tem impactos no emprego e nas relações de trabalho em corporações de capital aberto. O mantra da maximizing shareholder value, difundido por profetas da governança corporativa, estabelece normas, critérios de avaliação e vocabulário próprio derivado das finanças. Os efeitos deletérios para os trabalhadores incluem: contenção salarial, insegurança no emprego, postos de trabalho terceirizados, remuneração variável, competição exacerbada entre funcionários e adoecimento por depressão. Esse modelo de gestão também prejudica a atuação dos sindicatos, entre outras razões, porque reforça demandas individuais em detrimento de lutas coletivas. O objetivo do artigo é analisar a adoção de tal modelo no Brasil. Os casos da Vale e da Petrobras (as corporações nacionais com maior valor de mercado) exemplificam como a maximização do poder dos acionistas condicionou a estratégia corporativa na área trabalhista e sindical no País.

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