Abstract

INTRODUÇÃO: O envelhecimento é um processo natural de redução progressiva da reserva funcional dos indivíduos e o fator que determina saúde dos idosos é a independência nas suas atividades habituais, que consiste em sua funcionalidade e quando acometidos por alguma enfermidade tendem a ter uma recuperação mais lenta, em comparação aos pacientes jovens, devido ao declínio funcional inerente ao processo de senescência, o que pode resultar em maior risco de morte. OBJETIVO: Avaliar o impacto da capacidade funcional na mortalidade de idosos após seis meses de alta da Unidade de Terapia Intensiva. MÉTODOS: Trata-se de um estudo de coorte, ambispectivo, realizado em uma Unidade de Terapia Intensiva de um hospital público de grande porte, localizado na cidade de Salvador, Bahia em 2018. A amostra foi composta por pacientes idosos admitidos na UTI, com idade igual ou superior a 60 anos, onde foram aplicadas as Escalas de Mobilidade em UTI (EMU) e Estado Funcional (FSS) para avaliar a capacidade funcional no dia da alta da UTI e através de contato telefônico, foi observado a ocorrência de óbito após 6 meses da alta. Foram excluídos pacientes com instabilidade hemodinâmica, desordens congnitivas. e aqueles onde houve impossibilidade de contato telefônico. Para análise estatística dos dados de variáveis contínuas foram avaliados com medidas de tendência central e dispersão, variáveis categóricas avaliadas com medidas de frequência e para relacionar a capacidade funcional e mortalidade foi utilizado o teste não paramétrico de Mann-Whitney com o uso do software SPSS. RESULTADOS: A amostra foi composta por 30 pacientes, sendo a maior parte composta por indivíduos do sexo masculino (60,0%), com média de idade 68,0(±6,7) anos, com perfil diagnóstico predominantemente clínico (70,0%), média de tempo de internamento de 3,2 (±1,8) dias, capacidade funcional aferida pela escala do estado funcional (FSS) da alta de 29,3(±8,5) e pela escala de mobilidade em UTI (EMU) da alta de 8,8 (± 2,6) . Dos pacientes inicialmente avaliados, 08 (21,1%) foram excluídos por impossibilidade de contato por telefônico após a alta, tendo completado o estudo com 30 pacientes, destes 11 (28,9%), evoluíram a óbito em até seis meses após a alta da UTI. Um dado que chama atenção é a taxa de mortalidade nos pacientes estudados, que chegou a 36,6% CONCLUSÃO: O status funcional, de pacientes idosos, no momento da alta da UTI está relacionado com uma maior taxa de mortalidade em seis meses após a alta da unidade de terapia intensiva.

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