Abstract

A partir de uma história dos usos da noção de identidade, na França, pode-se isolar uma compreensão essencialista própria ao senso comum e a alguns trabalhos de ciências sociais e uma outra, construtivista, que se impôs amplamente nas ciências sociais contra a noção de cultura, consagrando a fórmula hoje corriqueira da construção de identidades. Parece-nos que os ganhos heurísticos trazidos pela fórmula estão atualmente esgotados, já que tendem a privilegiar a análise de discursos em detrimento daquela das práticas, conferindo uma visão excessivamente plástica ao social. Desejando reintroduzir as instituições e as estruturas sociais diretamente na análise, propomos um vocabulário alternativo, em torno das identificações, imagens sociais e pertencimento. Desenvolvemos, então, o caso da construção de uma imagem social, aquela da Borgonha na III República, para dar a justa medida do conjunto das evoluções estruturais e institucionais indispensáveis ao êxito de uma mudança discursiva sobre os territórios.

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