Abstract

A modalidade de educação a distância (EAD), processo de aprendizado em que parte da transmissão do conhecimento é realizado de forma remota, tem se desenvolvido rapidamente no Brasil e se configurado como uma alternativa educacional importante pelo seu potencial de inclusão social. Embora o número de matrículas e a oferta de cursos de graduação tenham crescido significativamente nos últimos anos, um problema persistente para a evolução dessa oferta é a carência de informações quantitativas e qualitativas atualizadas sobre o perfil dos alunos matriculados. Para tentar suprir esta lacuna, este artigo busca identificar as principais características desse grupo de alunos utilizando os dados do Censo de Educação Superior de 2009 e os resultados do questionário socioeconômico do Enade de 2009, para depois fornecer sugestões para a customização e melhoria dos cursos de graduação oferecidos nessa modalidade no Brasil.

Highlights

  • INTRODUÇÃO Nas economias modernas, as fontes primárias de troca são crescentemente benefícios de competências especializadas, e a fonte do crescimento econômico é a aplicação desses conhecimentos em bens e serviços (LUSCH; VARGO; TANNIRU, 2004)

  • Isso se deveria ao fato de que as mulheres têm menos tempo disponível para fazer uma faculdade presencial ou isso se deveria ao fato de a maior parte dos cursos de educação a distância (EAD) atualmente disponíveis serem voltados às ciências humanas, o que acaba por atrair mais mulheres que homens?

  • Revista da Avaliação da Educação Superior, v. 15, n. 3, Sorocaba, nov. 2010, p. 185-202

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Summary

Número de alunos

Quadro 1 – Comparação entre a idade média dos alunos de educação presencial e a distância. Abandonando o ensino médio, seja por desinteresse ou falta de recursos, esses alunos inevitavelmente entrarão mais tarde na universidade – muito provavelmente numa idade em que a vida já lhes cobra outras responsabilidades (como a de sustentar outras pessoas). Exatamente por ter menos tempo a perder, pode-se dizer que o aluno de EAD possui objetivos muito mais imediatistas, buscando formar-se num curso superior que claramente lhe permita progredir no mercado de trabalho, no qual já estão provavelmente inseridos. Efetivamente, dado o maior desvio padrão e variância verificados no grupo de alunos de EAD, constata-se que este grupo possui maior dispersão, isto é, constitui-se num grupo mais heterogêneo que o dos alunos presenciais. Subdividindo os alunos de EAD por quartis (conforme quadro abaixo) e utilizando-se como parâmetro a faixa etária, verifica-se que alunos com mais de 40 anos representavam 25 % dos alunos de EAD, em 2009

Modalidade Presencial
Ingresso por Reserva de Vagas
Modalidade Presencial EAD
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