Abstract
O artigo baseia-se em pesquisa que busca verificar o papel do Design da Informação na Curadoria Digital do Museu da Pessoa na Web 2.0 e o seu objetivo é refletir sobre o seu fato museal, histórias de vida. Em tempos de custódia ampliada, o Museu da Pessoa destaca-se como sistema memorial dinâmico, interativo e colaborativo. Previsto em e para Curadoria Digital, o Design da Informação é meio facilitador de indexações de conteúdo informacional bem como da organização gráfica desses conteúdos, tanto top-down quanto bottom-up, a fim de que sujeitos não apenas reconheçam histórias de vida como um objeto cultural tangível, um fato museal, mas também para que se reconheçam enquanto seres humanos atuantes no processo informacional, reforçando vínculos identitários por meio de Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC). A necessidade de se conhecer novos meios e estratégias para a Curadoria Digital em instituições museológicas no âmbito da Ciência da Informação justifica esse artigo com o qual espera-se favorecer a compreensão do Museu como um modelo para a preservação e interação com histórias de vida, narrativas autobiográficas, entendidas, neste contexto, como bens culturais e patrimônio memorial. Como resultado do estudo, verifica-se que, por meio de suas metodologias, e em convergência com a Ciência da Informação, o Design da Informação cria um simulacro de museu online, em fluxo e ubíquo, bem como condições para uma Curadoria Digital (top-down), tendo em vista a representação e a preservação de objetos culturais digitais, assim como seu acesso, aos agentes informacionais da instituição e aos internautas (bottom-up), interativamente, na Web 2.0.
Highlights
Na pós-modernidade, museus, arquivos e bibliotecas, tradicionais instituições de informação e memória buscam ser ambientes convidativos e dialógicos ao promover trocas bilaterais e interativas entre seu acervo e diferentes públicos
Tal profissional tinha centralizado em si as técnicas que geravam os instrumentos de acesso a informações, dificultando, por vezes, a vida dos que buscavam por informações, ou seja: poderiam “disponibilizar em nome do direito à informação ou guardar a sete chaves em nome da privacidade dos cidadãos ou dos interesses do Estado”. (RIBEIRO, 2010, p. 64)
Informações-objetos-coisas tornam-se evidências metalinguísticas epistemologicamente musealizadas em um cenário de trilhas reconhecíveis que preservam valores identitários não apenas em interfaces de interação, mas em várias camadas do hipertexto; refletindo em camadas invisíveis, por meio de convergência de linguagens e interoperabilidades (CD), o próprio ser humano que chega à contemporaneidade interagindo em ambiências digitais em busca de informação, conhecimento e reconhecimento
Summary
Na pós-modernidade, museus, arquivos e bibliotecas, tradicionais instituições de informação e memória buscam ser ambientes convidativos e dialógicos ao promover trocas bilaterais e interativas entre seu acervo e diferentes públicos. Ou websites de museus, sistemas informacionais podem convergir em si, por meio de um Design da Informação (DI) pensado para o acesso (inclusive como estratégia de preservação da informação), e com outros sistemas de informação que interoperem em suas interfaces – com o intuito de promover reflexões e conversações (WAGENSBERG, 2005) com internautas, a partir e além de seu objeto. Destaca-se, no presente artigo, ações de Curadoria Digital (CD) que podem ser desenvolvidas por profissionais da informação atuantes em equipes multidisciplinares, com base em conhecimentos epistemológicos e técnicos da CI e do DI, entre outros, a fim de preverem convergências de linguagens que permitam interoperabilidades entre sistemas, estabelecendo desígnios em plataformas digitais customizáveis como, por exemplo, a ambiência virtual do Museu da Pessoa. Espera-se a compreensão de modelo para a preservação e interação com memórias, entendidas como Patrimônio da Humanidade
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