Abstract

Este artigo tem como objetivo a análise da hipercorreção da coda final (r) em verbos cujas formas hipercorretas coincidem com o infinitivo padrão escrito (i. “o mundo não gira, ele capotar”; ii. “a maldade está nos olhos de quem ver”; iii. “eu dormir muito ontem”). O corpus da pesquisa é composto de dados de textos escritos em plataformas digitais, como as redes sociais Twitter e Instagram e o aplicativo de conversa WhatsApp. Como arcabouço teórico, elegeram-se a Teoria da Variação e Mudança (Weinreich, Labov; Herzog, 2018 [1968]) e os Modelos Baseados no Uso (Bybee, 2016 [2002]; Pierrehumbert, 2003, 2016; Cristófaro-Silva; Gomes, 2020). As variáveis de efeitos fixos analisadas indicam a relevância da dimensão do vocábulo e da vogal antecedente como favorecedoras da hipercorreção. A análise com efeitos aleatórios aponta para um possível condicionamento lexical do fenômeno. Os resultados sugerem impactos da representação escrita das palavras no conhecimento linguístico dos falantes.

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