Abstract

O fraco desempenho tendencial da economia brasileira no século XXI, apesar de alguns anos de maior crescimento do PIB nos anos 2000, tem ocorrido paralelamente aos bons resultados do seu sistema financeiro. Essa contradição é examinada no artigo a partir dos conceitos de hegemonia e de financeirização. O objetivo é relacionar a hegemonia financeira com a estrutura econômica e a rentabilidade agregada, buscando identificar como a primeira afeta as seguintes negativamente. São avaliados o peso do setor financeiro e sua capacidade de influenciar as políticas econômicas e de manter seus ganhos em diferentes contextos. Também são verificados os determinantes da taxa de lucro e sua relação com fatores estruturais. As evidências apontam para um alto peso do capital financeiro, o qual afeta, via mudanças estruturais negativas, as tendências de longo prazo da taxa de lucro e, dessa forma, da indústria e do comércio exterior, em paralelo à capacidade de o setor financeiro manter seus ganhos ao longo do tempo.

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