Abstract
O objetivo deste artigo é analisar as crônicas de Gustavo Corção na imprensa brasileira (Diário de Notícias e O Globo) entre 1964 e 1968. A hipótese é que Gustavo Corção foi um dos artífices na esfera pública brasileira da legitimação das bases antidemocráticas da 'democracia' do regime militar. Além disso, a sua definição pela 'linha-dura' relacionou-se aos inimigos escolhidos, quase sempre personalidades católicas. Com isso poderemos perceber tanto aspectos da participação do laicato como da relação que se estabeleceu entre o Estado brasileiro e a Igreja católica no período em tela. O artigo procura demonstrar que é preciso mais atenção à recuperação dos sentidos de democracia que os grupos sociais mobilizaram naquele período, menos para justificar suas ações, e sim para entendê-las e contextualizá-las.
Highlights
The aim of this paper is to analyze the columns of Gustavo Corção in the Brazilian press (Diário de Notícias and O Globo) between 1964 and 1968
The hypothesis is that Gustavo Corção was one of the artifices in the Brazilian public sphere for legitimizing the anti-democratic foundations of military regime ‘democracy.’ his adoption of the hard-line was related to enemies he chose, who were almost always Catholic
With this we can understand both aspects of the participation of the laity, as well as the relationship established between the Brazilian state and Catholic Church during the period
Summary
O objetivo deste artigo é analisar as columns de Gustavo Corção na imprensa brasileira (Diário de Notícias e O Globo) entre 1964 e 1968. A hipótese é que Gustavo Corção foi um dos artífices na esfera pública brasileira da legitimação das bases antidemocráticas da ‘democracia’ do regime militar. A sua definição pela ‘linha-dura’ relacionou-se aos inimigos escolhidos, quase sempre personalidades católicas. Com isso poderemos perceber tanto aspectos da participação do laicato como da relação que se estabeleceu entre o Estado brasileiro e a Igreja católica no período em tela. O artigo procura demonstrar que é preciso mais atenção à recuperação dos sentidos de democracia que os grupos sociais mobilizaram naquele período, menos para justificar suas ações, e sim para entendê-las e contextualizá-las. Palavras-chave: Gustavo Corção; Igreja católica; regime militar
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