Abstract

A escrita de Grande sertão: veredas, de Guimarães Rosa, apresenta uma série de listas, superpostas, que contribuem para conferir ao romance movimento e musicalidade. A partir das reflexões de Umberto Eco, em A vertigem das listas (2010), este artigo analisa o efeito poético das listas que compõem a escrita do romance. Enumerações de palavras, ditos populares, nomes de plantas e animais compõem as listas que estão presentes nas cadernetas do autor. Essas listas, que serviram de suporte à escrita inventiva do autor, também aparecem de forma abundante em sua ficção. Propomos, no presente estudo, uma reflexão acerca das imagens, da musicalidade e do ritmo que as listas superpostas conferem ao romance.

Highlights

  • The writing of Grande sertão: veredas, by Guimarães Rosa, presents a series of lists, superimposed, that contribute to give movement and musicality the novel

  • We propose, in the present study, a reflection about the images, the musicality and the rhythm that the overlapping lists confer on the novel

  • Ele assinala, o nome do título do livro para o qual a determinada lista ou palavra servirá; a outra ele modifica, recriando um fraseio próprio, ao qual acrescentará o conhecido sinal meu %.1 Tal como se lê, por exemplo, na página 15, da Caderneta no 20, em que Guimarães

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Summary

Introduction

The writing of Grande sertão: veredas, by Guimarães Rosa, presents a series of lists, superimposed, that contribute to give movement and musicality the novel. No romance Grande sertão: veredas, de Guimarães Rosa, constituído do emaranhado de fios das muitas vozes e das inúmeras proposições que estas trazem consigo, articulam-se várias relações entre os modos de ver, nascidos do olhar arrebatado por amor que Riobaldo lança a Diadorim, como do lento aprendizado para ver o sertão, aprendido com o mesmo Diadorim.

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