Abstract

Iniciamos esta discussão com a célebre frase do antropólogo norte-americano Anthony Seeger: Com o declínio do interesse pelos amplos esquemas evolutivos e com um aumento das análises intensivas de sociedades específicas, o estudo da cultura material foi bastante abandonado em prol de um estudo da organização social, da mitologia e do ritual. Entretanto, a cultura material é uma parte importante da vida das pessoas. O que elas fazem, decoram e usam são parte integrante de sua cultura. Ignorar essas coisas é um erro tão grande quanto concentrar-se somente nelas. (Seeger, 1980, p. 41). Partindo dessa ideia, o presente artigo traz uma visão ameríndia Guarani acerca dos objetos sagrados - a partir de investigação etnográfica realizada na Aldeia Jaguapirú e Aldeia Bororó, ambos localizados em Dourados, Mato Grosso do Sul, região Centro-Oeste do território brasileiro. Desta forma, nosso objetivo é jamais esgotar esta discussão de fundamental importância, muitos menos excluir ou renegar as investigações realizadas por pesquisadores não-indígenas, mas, sobretudo, trazer uma outra análise, descrição e posterior interpretação acerca desses objetos sagrados e ritualísticos que sempre fizeram parte da história e memória-poética da cultura Guarani.

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