Abstract

Resumo O propósito do artigo é reconstruir a relação crítica entre Guerreiro Ramos, enquanto intelectual do Teatro Experimental do Negro (TEN), e a teoria da assimilação desenvolvida pela Escola de Chicago e divulgada no Brasil por Donald Pierson. Partimos de uma análise histórica mostrando como essa teoria foi transplantada por Pierson para cá e se tornou muito influente nos anos 1940. Em seguida, abordamos brevemente as relações que se estabeleceram entre acadêmicos ligados às ciências sociais e a intelligentsia do TEN. Por fim, realizamos uma comparação entre o texto de Pierson, Brancos e Pretos na Bahia, e alguns ensaios de Guerreiro Ramos escritos no início da década de 1950, mostrando as críticas desse último aos conceitos empregados naquela obra. Constatamos uma crítica ao etnocentrismo e ao racismo incorporados nesses conceitos e também uma reformulação dos mesmos visando superar esses elementos e pensar um processo em que o povo negro seria protagonista de sua história. Ao recuperar essa crítica nosso objetivo é contribuir para a descolonização e desprovincialização da sociologia, recuperando a agência de um importante intelectual e militante negro que construiu críticas contundentes e bem fundamentadas a um dos principais paradigmas das ciências sociais acerca das relações raciais.

Full Text
Paper version not known

Talk to us

Join us for a 30 min session where you can share your feedback and ask us any queries you have

Schedule a call

Disclaimer: All third-party content on this website/platform is and will remain the property of their respective owners and is provided on "as is" basis without any warranties, express or implied. Use of third-party content does not indicate any affiliation, sponsorship with or endorsement by them. Any references to third-party content is to identify the corresponding services and shall be considered fair use under The CopyrightLaw.