Abstract

Este artigo tem por objetivo realizar um estudo de caso clínico-institucional de um grupo de estudos de esquizoanálise. Partindo da experiência do grupo no que se refere à dificuldade de permanência nele, com entradas e saídas constantes de pessoas, utilizou-se uma metodologia cartográfica com destaque para o acompanhamento de processos e a tomada do coletivo de forças como plano da experiência. Dessa forma, chegou-se à formulação de que tais entradas e saídas seriam um analisador do grupo, podendo esse indicar, no que se refere à leitura da obra de Deleuze e Guattari, a modalidade grupal como uma aposta potente e mais acolhedora não apenas para o estudo desses autores mas também para certa formação clínica. Para além da vivência específica do grupo, tal analisador também pode apontar uma dificuldade no momento atual, em decorrência de nossa sociedade neoliberal, de constituição de grupalidades e de fomento pela busca de respostas individualizantes e imediatas para problemas que possuem certa complexidade. Nesse sentido, a criação de grupos surge como um modo de resistência a tal modo de vida neoliberal, indicando possibilidades inauditas de transformação da realidade.

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