Abstract
A partir do pensamento de Foucault, este artigo pretende mostrar alguns pontos de intersecção, na antiga Grécia, entre a pilotagem, vinculada à metáfora navegação e a noção de governamentalidade. Passando pelo governo de si mesmo, pelo governo político e pela medicina, que são para o pensador francês, as três atividades que se aproximam da arte de comandar um navio, veremos como esta ocupou um espaço significativo na literatura e na vida social grega, com alcances e funções bem definidas. Com inteligência, destreza e, principalmente, sabendo reconhecer a direção dos ventos e a orientação que indicam os astros, o piloto é aquele que possui a tékhne capaz de conduzir a embarcação, que primeiramente é o próprio sujeito e depois que são os outros, até um porto seguro.
Highlights
Orientation from stars, the pilot is whoever has enough techne to lead the ship, which primarily is the subject itself and afterwards, it’s the other, until an eventual safe haven
the three activities that come closest to the art of driving a boat
this took up significant space in Greek literature
Summary
Orientation from stars, the pilot is whoever has enough techne to lead the ship, which primarily is the subject itself and afterwards, it’s the other , until an eventual safe haven. Pode parecer um tema menor, mas a verdade é que o problema da pilotagem, vinculada à metáfora navegação, ocupou um espaço significativo na literatura e na vida social grega, com alcances e funções bem definidas. Por exemplo, numa importante análise na qual Marcel Detienne e Jean Pierre Vernant vinculam inteligência e navegação, em que se destaca a noção de Μῆτις[1].
Talk to us
Join us for a 30 min session where you can share your feedback and ask us any queries you have