Abstract
O artigo oferece uma análise programática de algumas das principais teorias da modernização, da globalização e da individualização na modernidade tardia, conectando essa análise à sociologia da juventude. O texto se divide em quatro partes: a primeira provê um panorama dos debates sobre a modernidade e distingue várias posições no seio destes (clássica, anti, pós e neo); a segunda parte propõe um quadro de referência multidimensional para a análise da globalização, o qual integra seus aspectos econômicos, políticos e culturais em uma narrativa coerente; a terceira parte apresenta as teorias da sociedade de risco, da modernização reflexiva e da individualização reflexiva de Ulrich Beck e Anthony Giddens; finalmente, a última parte costura todos os fios da análise em uma teoria sociológica da juventude, do pós materialismo e dos novos movimentos sociais.
Highlights
Não há sociologia da juventude sem “imaginação sociológica”
The text is divided into four sections: the first provides an overview of debates about modernity and distinguishes various positions within them; the second section proposes a multidimensional framework of reference for the analysis of globalization, integrating its economic, political and cultural aspects in a coherent narrative; the third section presents the theories of risk society, reflexive modernization and the reflexive individualization of Ulrich Beck and Anthony Giddens; the last section intertwines all of the threads of the analysis into a sociological theory of youth, post-materialism and new social movements
Eventualmente, este esquema teórico – que está inspirado, entre outros, pelas teorias sobrepostas de Ulrich Beck e Anthony Giddens sobre a modernidade tardia – nos permitirá visualizar como as categorias do existencial e do socialhistórico de Mills; ou as de local e global, para usar uma linguagem em voga, podem ser categorias significativamente interconectadas de tal maneira que o termo “juventude” não possa mais ser visto como marginal, no duplo sentido do termo – de ser um ator histórico supostamente sem poder e de ser uma área específica de pesquisa que está fora da teoria sociológica de vanguarda
Summary
Não há sociologia da juventude sem “imaginação sociológica”. Com ligeiro exagero, podemos dizer que a Imaginação Sociológica, de Mills (1957), representa a contrapartida sociológica de A crítica da razão pura de Kant. A teoria da modernidade tardia forma o contexto para a análise do processo dual de globalização e de individualização que, respectivamente, são analisados na parte dois e três do presente texto.
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