Abstract

No contexto multifacetado atual, há atores que se beneficiam do design estrutural mundial ao mesmo passo em que a diversos outros são impostas barreiras que dificultam o acesso às riquezas - as quais, defende-se, em havendo uma arquitetura distribucional global voltada à equidade, poderiam ser melhor alocadas, de maneira a beneficiar um maior número de indivíduos. Nesse passo, o presente artigo, utilizando-se, principalmente, de método de pesquisa bibliográfico, possui o objetivo de demonstrar que a visão rawlsiana, ainda que cabível em sociedades herméticas, é inadequada para um mundo submerso em desigualdades econômicas altamente maculadas pela forma de acumulação histórica, predatória e usurpadora, imposta pelos países mais desenvolvidos economicamente em relação aos pobres globais. Assim, busca demonstrar, por uma análise de conjunto e com referência na teoria de justiça global consoante avançada por Thomas Pogge, a maneira pela qual a estruturação global ainda hoje prejudica, seletivamente - i.e., principalmente por meio dos privilégios internacionais sobre recursos e sobre empréstimos -, países, mantendo-os - ou, mais frequentemente, suas populações - em condição de pobreza.

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