Abstract

Resumo Este artigo considera a resistência popular nas feiras e portos públicos da Estrada Nova, atual av. Bernardo Sayão. Interpreta a ocupação da parte sul da orla de Belém, analisada em termos da produção social do espaço urbano. A resistência popular busca manter os portos públicos da Palha e do Açaí como lugar de trocas econômicas e culturais múltiplas, contra a intenção do poder público municipal de ‘gentrificar’ ou enobrecer essa margem urbana da cidade, removendo os atuais usuários, mediante o projeto denominado Portal da Amazônia. A resistência de feirantes, trabalhadores e moradores contrapõe a metáfora ‘janelas para o rio’, que funciona como uma espécie de pensamento único na cidade, com outra metáfora, a de ‘portas para o rio’, que diz respeito à necessidade de ir e vir dos ribeirinhos, que reivindicam seu direito à cidade. O movimento de pessoas e mercadorias nos portos e redondezas configura um espaço de economia e vida popular em Belém. Esse movimento proporciona identidade aos bairros do Jurunas, Condor e Guamá e condiz com preceitos urbanísticos recomendados por autores como Jane Jacobs e Marshall Berman, que valorizam a vida cotidiana da rua. O projeto avança de forma obscura, sem qualquer critério de diálogo e transparência.

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