Abstract

Gabrielly poderia passar despercebida, mas inscreveu sua história na brasilidade dos estudos sobre o universo trans. Com a beleza peculiar de sua feminilidade, objetivamos trazer questões pertinentes à filosofia da educação. Propomos acessar suas memórias de escolarização cujo itinerário formativo ocorreu, segundo Gabrielly em dois momentos, em unidades públicas educacionais do Oeste Paulista. Ancoramos a abordagem metodológica nos estudos pós-críticos em educação por se tratar de uma temática cara aos estudos da diferença articulada com o uso da educação como um projeto de ampliação da capacidade de sobrevivência para mulheres trans, cujos dados, cruelmente, apontam que representam um grupo fadado às políticas de morte. Como instrumento de coleta das memórias, utilizamos a arqueologia foucaultiana para compreender a construção feminina de Gabrielly. Não se apontou conclusões, mas inquietações filosóficas promotoras de novas práticas educacionais mais preocupadas com a responsabilidade, preservação e comoção pelas vidas trans cujo reflexo disso, afeta o ambiente escolar como um lugar de preocupação ético-política. Portanto, propomos a possibilidade de ruptura com os quadros de precarização de vidas travestis, transexuais e transgêneros.

Highlights

  • Mais importante que engajar quem lê nos aspectos formais deste texto é inscrever a história de vida de Gabrielly na produção transfeminina brasileira

  • Gabrielly could go unnoticed, but she inscribed her story in the Brazilianness of studies on the trans universe

  • We propose to access their memories of schooling whose formative itinerary took place, according to Gabrielly in two moments, in publics schools in the Western of São Paulo

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Summary

Itinerário Introdutório

Mais importante que engajar quem lê nos aspectos formais deste texto é inscrever a história de vida de Gabrielly na produção transfeminina brasileira. Ocupar o enredo do projeto de um texto acadêmico, então, pode ser uma forma de fazer com que a vida de algumas trans estejam desterritorializadas das manchetes de mortes e passam a ocupar a leitura de que essa produção existencial é possível, sim, mesmo em meio a um arsenal de armamentos de guerra que insistem em silenciá-las e impossibilitá-las como nos retrata Berenice Bento (2011) acerca de experiências trans que não se constroem no dispositivo de gênero e sexualidade dominantes. Considera-se relevante pontuar que não interessa conhecer ou destacar os serviços prestados pela unidade facilitadora do acesso à Gabrielly, mas caracterizá-las como um local que se sente responsável por vidas que se constroem nas diferenças de gênero e sexualidades. Um local de rupturas que pressiona vidas trans à precarização de suas existências

Aspectos Metodológicos
Para Entender a Diferença da Mulheridade Trans de Gabrielly
Por quê Gabrielly Permaneceu nas Escolas?
Considerações Finais
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