Abstract

O presente artigo tem como objetivo realizar uma discussão a respeito das transformações e reestruturação da cidade de Lens, localizada no departamento de Pas-de-Calais, na região administrativa de Hauts-de-France, no norte da França. Essa discussão compete às transformações espaciais das categorias forma e função durante a evolução do capitalismo industrial e, posteriormente, à globalização. O processo de “Reconversão Territorial” implementado na área, via planejamento estatal, desde os anos de 1960 até 1990 (ano do fechamento da última mina de carvão) teve como objetivo alterar a especialização da região, em vista do grave problema de desemprego e de recessão econômica. Assim, por meio da instalação de infraestruturas e da remodelação urbana, o Estado francês, em associação com políticas próprias da União Europeia, com a participação de empresas privadas e de organizações civis da região em questão, organizou-se no sentido de transformar a região alterando o perfil econômico ligado às atividades da mineração e da produção têxtil para atividades mais dinâmicas e produtivas. Essas estratégias influenciaram as transformações do espaço urbano da cidade de Lens, remodelando-a segundo atividades culturais (ateliês de música e de cinema, sobretudo) e atividades turísticas. Entre estas últimas destaca-se a instalação de uma unidade do Museu do Louvre. Este artigo tem como propósito fazer uma reflexão acerca dessas transformações de Lens, baseando-se na análise da introdução de novas formas e funções, bem como na ressignificação de velhas formas envoltas por novas funções.

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