Abstract
O autor, revendo o conceito atual da etiopatogenia das mieloses funiculares, conclui que, na determinação do processo desmielinizante, além da carência de vitamina B12 e da acloridria gástrica, participam outros fatores, carenciais e/ou alérgicos. Baseado no estudo de 110 casos com lesões gástricas constitucionais (100 casos) ou adquiridas (10 casos), o autor discute o problema do diagnóstico. São consideradas as síndromes periférica, funicular dorsal, "piramidal" e encefálica. É ressaltada a importância do exame da sensibilidade vibratória, particularmente por método quantitativo, que revelou, em elevada percentagem dos casos, distúrbios da palestesia também nas mãos. Entre os exames complementares, é salientado o valor do hemograma, do mielograma, da dosagem da acidez gástrica, da determinação da absorção da vitamina B12 radioativa; são também consideradas as alterações electrencefalográficas e do liqüido cefalorraqueano. Os resultados terapêuticos em 44 casos são avaliados através do estudo semiquantitativo da sintomatologia neurológica. Embora a vitamina B12 tenha proporcionado maiores índices de melhora, os demais medicamentos (extrato hepático, ácido fólico e adrenocorticotropina) também influenciaram favoravelmente o quadro neurológico. Em vista da pequena representação numérica da casuística nos grupos correspondentes aos quatro esquemas terapêuticos, o autor não emite conclusão definitiva. Salienta, porém, que êsses resultados demonstram a necessidade de prosseguir nos estudos sôbre a etiopatogenia das mieloses funiculares, no sentido de esclarecer as numerosas incógnitas que ainda perduram.
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