Abstract

OBJETIVO: A avaliação neuropsicológica tem alta relevância na adolescência e em situação de conflito com a lei, com privação de liberdade em instituições socioeducativas, pode auxiliar, compondo abordagens psicossociais que identifiquem as funções neuropsicológicas, situando-as a partir da historicidade do indivíduo. Deste modo, para compreender esse problema, foi objetivo desse estudo avaliar e descrever as funções neuropsicológicas de adolescentes meninas privadas de liberdade em instituição socioeducativa. MÉTODOS: As participantes foram 19 meninas avaliadas com os instrumentos: Barratt Scale, Inventário de Expressão de Raiva, teste Wisconsin de classificação de cartas, protocolo neuropsicológico, questionário para uso de drogas e Hare Psychopathy Checklist Revised. RESULTADOS: O uso de drogas na vida ocorreu em 80,0% dos casos. Verificaram-se altos escores de impulsividade total (M=75,8, DP=5,4), traço de raiva (M=24,5, DP=7,3) e respostas perseverativas (M =38,5, DP =19,9). Em conjunto com PCL-R total (M=17,5, DP=3,6) e com QI total (M=79,1, DP=16,2), esses níveis auxiliaram na caracterização das funções de autocontrole. CONCLUSÕES: Os dados foram interpretados como indicativos de baixo funcionamento executivo, altos níveis de raiva, de impulsividade, de uso de drogas e de traços de psicopatia. Foram relatadas adversidades durante a infância o que pode ter contribuído para um desempenho prejudicado nas funções cognitivas e emocionais dessas meninas.

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