Abstract
Com este texto, buscamos explicitar o tema da política enquanto uma ação da subjetividade aquém e além da regulação do Estado secular, a partir da obra teológica de Carlos Mendoza Álvarez. Sem entrar no debate acerca da “teologia política”, descreve-se a constituição da ação política da subjetividade capaz de instaurar um mundo habitável para todas as pessoas, isto é, na capacitação humana para por fim à violência que ameaça o futuro da humanidade e do planeta. Na interseção do niilismo pós-moderno com o pensamento antissistêmico, propugna-se um caminho para a superação da violência intersubjetiva a partir da imanência da história. Com essa aproximação niilista e antissistêmica, acessa-se o “centro vazio” como fonte da ação política da subjetividade. Esse “centro vazio” designa aquele reduto de que ninguém pode apoderar-se sem se autodestruir, isto é, ele revela-se como Fonte Amorosa, origem e destino de toda subjetividade. Esse “centro vazio”, como fonte originária da ação política da subjetividade, aparece na História enlaçada à virtude da caridade, que se concretiza na vida dos justos e das vítimas perdoadoras como a única possibilidade de redenção em tempos pós-modernos. Descreve-se, assim, a teologia da imaginação capaz de habilitar a subjetividade a superar a inércia e a espera pelo resgate milagroso que a teologia clássica nos conduziu e, assim, cultivar a esperança ativa no coração da história.
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