Abstract
Resumo: Em 1726 Francisco Mendes de Goes foi nomeado agente na corte parisiense por dom João V para desempenhar a função de encomendeiro do rei, sendo atribuída a missão de gestor das encomendas feitas pela família real. Utilizaremos, neste artigo, dois conjuntos documentais que acabam por revelar a atribulada estadia de Mendes de Goes. As cartas enviadas ao cardeal da Mota revelam as dificuldades enfrentadas para conseguir responder ao volume de encomendas vindas da monarquia portuguesa. O outro conjunto documental revela que também membros da aristocracia portuguesa sobrecarregaram o agente com encomendas pessoais. Neste conjunto documental o teor das encomendas permite-nos vislumbrar aspetos da cultura material, assim como as relações de sociabilidade estabelecidas por Mendes de Goes. Ambos revelam novas facetas da carreira diplomática que, até então, têm sido pouco exploradas na história da diplomacia.
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