Abstract

Francis Ponge, nascido em 1899, em Montpellier, é um poeta francês designado como “poeta das coisas”, pois, ao refutar a efusão lírica e o subjetivismo, dedica-se à observação e à apreensão da realidade das coisas e dos objetos por meio de um vertiginoso trabalho da linguagem, fazendo uso de neologismos a partir da etimologia das palavras. Como um exímio representante dos antípodas da lírica, Ponge conduziu sua poesia pelos domínios da prosa – “proemas” – e fez um intenso exercício de crítica em seus poemas, chegando, até mesmo, a publicar seus esboços e borrões, levando às últimas consequências o “inacabamento perpétuo” da arte literária com os seus “poemascanteiros-de-obra”. Ele falece em 1988, em Paris, e entra para o cânone literário mundial como um poeta revolucionário que promove a “desintoxicação da linguagem poética da massa de suas escórias líricas”, através da transgressão da noção analógica da metáfora. O objetivo desse trabalho incide justamente em verificar como Ponge, em original criação poética, opera uma revolução da linguagem capaz de fazer frente à sua contaminação pelo uso cotidiano.

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