Abstract

Este artigo parte da análise de textos do jornalista, escritor e historiador português oitocentista Alexandre Herculano (1810-1877), ainda pouco explorados pelos estudos de História da historiografia brasileiros. Majoritariamente produzidos entre 1841 e 1850, eles retratam o âmbito de discussões acerca do processo de reformas liberais portuguesas. Ao examinar os embates de Herculano com os clérigos de Lisboa no que se refere à educação pública e às crenças religiosas por ele revistas em suas obras históricas, o objetivo geral deste texto é verificar a construção da figuração propriamente historiográfica do discurso produzido pelos historiadores, tanto por meio de suas práticas de crítica e instrumentos de verificação, quanto, sobretudo, pela atuação pública daqueles que se dedicavam ao estudo do passado. A experiência de leitura de tais documentos aponta para importantes questões que dizem respeito ao processo de historicização do papel do historiador como crítico da sociedade, o que viria a ser concebido depois como uma função central do intelectual.

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