Abstract

De meados de 1985 a 1989 esteve em desenvolvimento o Projeto Memória Indígena (PMI). Através de entrevistas, visitas às Terras Indígenas, levantamentos bibliográficos e documentais, o projeto visava recuperar e recontar as histórias de vida dos grupos indígenas localizados no estado do Paraná. Parte do material resultante integra, atualmente, o acervo do Museu de Arqueologia e Etnologia da UFPR. Embasada em registros auditivos desse acervo, este artigo objetiva discutir a presença do povo Xetá no PMI. Essas narrativas apresentam o processo de rememoração das trajetórias individuais e coletivas, vivenciadas pelos interlocutores Xetá, durante e após o contato violento com os brancos, processo que resultou no desmembramento, exílio e genocídio desse povo. Se o os pesquisadores do PMI pensavam que documentavam a extinção dos Xetá, hoje, seu material atesta justamente o contrário: sua existência e resistência.

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