Abstract

O estudo objetiva investigar se o fracasso escolar continua sendo naturalizado. Para isso foi traçado o perfil social, educacional, emocional e neurológico de crianças atendidas no Projeto de Extensão “Avaliação e Intervenção em crianças com história de Fracasso Escolar”, desenvolvido em um Ambulatório de Neurodesenvolvimento. Foram analisados os prontuários de 13 crianças, utilizou-se o programa estatístico SPSS e análise temática. Verificou-se que as crianças apresentaram uma média de 10,3 anos, sendo a maior parte meninos (84,6%). A maioria (61,5%) com queixas relacionadas a problemas de aprendizagem e comportamento e fazendo uso de psicoestimulantes. As características são compatíveis com outros estudos realizados em instituições como clínicas-escola de diferentes regiões do Brasil. Constatou-se que os alunos ainda são responsabilizados pelo fracasso, atribuindo-se a este um caráter biológico, naturalizado, que, portanto, precisa ser medicalizado. Evidencia-se a necessidade da realização de estudos que investiguem como se produz a queixa do fracasso escolar.

Highlights

  • This study aimed to investigate whether school failure is still naturalized

  • 34% das crianças avaliadas apresentam os piores índices, não sendo capazes de escrever as palavras de maneira alfabética e produzir textos ilegíveis

  • Desvendando a queixa escolar: um estudo no Serviço de Psicologia da Universidade Federal de Rondônia

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Summary

Introdução brasileiras têm conhecimento insuficiente em matemática

De acordo com o censo escolar de 2018, existe, atualmente, um grande número de crianças frequentando a escola, visto que foram efetuadas 27,2 milhões de matrículas no ensino fundamental (INEP, 2018). 150) contribuem com essa reflexão ao afirmarem que é “cada vez mais aceita no Brasil a ideia de que as dificuldades escolares de uma criança são causadas por problemas de ordem médica”, o que, de certa forma, reforça a concepção de que existem crianças-problema, como citado anteriormente, que devem, portanto, ser encaminhadas para avaliação e tratamento médico, mais precisamente pelo neurologista, eximindo, assim, a escola de qualquer responsabilidade pela produção e procura de caminhos para a solução do fracasso escolar. Existem autores que propõem uma visão diferente sobre o fracasso escolar, como é o caso de Patto (1990), Facci, Leonardo e Ribeiro (2014) e Meira (2012a), os quais se ancoram na psicologia histórico-cultural, principalmente nas ideia de Vygotsky (1995), e entendem que este é um fenômeno multideterminado, que deve ser analisado por diversos ângulos, não somente a partir do sujeito e da família, mas a partir das relações e do contexto social. Este projeto é desenvolvido por estudantes do curso de psicologia em um ambulatório de neurodesenvolvimento do interior do Rio Grande do Sul, especializado no tratamento de crianças e adolescentes com transtornos do desenvolvimento neuropsicomotor, transtornos de aprendizagem e transtornos comportamentais

Revisão da literatura
Diagnóstico das crianças
Findings
Considerações finais
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