Abstract

A historiografia e o cinema, Ã s suas próprias maneiras, constroem e narram representações, olhares, discursos e imagens sobre um acontecimento, um contexto, uma realidade, um outro. Assim, abordar as estratégias narrativas nos dois âmbitos nos permite pensar quais interpretações seus produtores se propõem a construir. À vista disso, neste trabalho, buscamos relacionar as práticas do cinema documentário e a prática historiográfica, a partir dos conceitos de “alteridade” e “sensibilidade”, discutidos por Sandra Pesavento e François Hartog. Para tanto, analisaremos o documentário brasileiro Santo forte (1999), de Eduardo Coutinho, evidenciando de que maneiras, em seu cinema, o diretor constrói uma escuta sensível e uma retórica da alteridade, que nos permite compreender o outro a partir das experiências e narrativas próprias dos diversos sujeitos históricos.

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