Abstract
Neste trabalho analisamos a obra de Miranda July, “Kajillionaire” (2020), e sua inserção epistémica dentro do Festival de Cinema L’Etrange, Paris, em sua XXVI edição. Ao apresentar uma mostra competitiva de curtas e longa-metragens contemporâneos, o festival revela uma curadoria sem fronteiras em relação ao tema, gênero e abordagem formal.
Highlights
As corporalidades e as suas subjetividades “estranhas” foram estabelecidas como recursos centrais ou mercadorias a ser exploradas
A tradiçao, os dialetos, o folclore, o impuro, a sujeira e a presença exacerbada dos sentidos sao algumas das características atribuídas as pessoas que sofrem as opressoes causadas por este modelo de racionalidade etnocentrica que permanece ate os nossos dias
O trabalho de July apresenta um conjunto de imagens e representaçoes do corpo diverso em movimento que gera uma “traduçao sinestesica”
Summary
Entre tantos corpos e narrativas dissidentes da normatividade, nos chamou atençao um filme que, dentro do mainstream que se localiza (realizadora reconhecida, grande estudio como produtor e elenco popular), consegue operar pequenos milagres formais atraves daquilo que chamamos de “fenda A partir desse prisma de estranheza que atravessa todo o festival, o deslocamento afetivo, corporeo e cinematografico do filme de Miranda July Kajillionaire (2020) e, em si mesmo, um corpo estranho. No longa-metragem podemos encontrar um ato performativo subversivo que cria uma dialogicidade entre o racional, os afetos e outros sentidos, ao mesmo tempo que reconhece outras historias possíveis.
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