Abstract
O objetivo deste estudo é analisar os determinantes da modernização do setor agrícola do Paraná para os anos de 1995 e 2006. A fonte de dados utilizada foi o Censo Agropecuário do Instituto Brasileiro de geografia e Estatística-IBGE. Dois métodos foram empregados para o tratamento e análise de dados, a saber: análise fatorial e análise espacial de dados. A análise fatorial permitiu construir o Índice de Modernização Agrícola-IMA e a Análise Exploratória de Dados Espaciais-AEDE possibilitou verificar padrões de concentração espacial do índice. Os resultados mostram que os indicadores que mais contribuíram na formação do IMA foram, respectivamente: a maquinaria; adubos e corretivos; sementes e mudas; defensivos agrícolas e; irrigação. Foram identificados três clusters de baixo IMA e seis clusters de alto IMA no Estado. Este estudo permitiu concluir que os clusters de baixo IMA ocorrem em áreas de baixo Índice de Desenvolvimento Humano-IDH, de relevo e solo inaptos ou com restrições à mecanização, de menor fertilidade, vulneráveis à erosão, baixa produtividade agropecuária e pouco capitalizada. Por outro lado, os clusters de alto IMA ocorrem em áreas de melhores IDH, com relevo apto à mecanização, solos férteis e com baixa restrição à produção agropecuária, em suma, regiões de alta produtividade e capitalização.
Highlights
The aim of this paper is to analyze factors of the modernization of the agricultural sector of Paraná for the years 1995 and 2006
The factor analysis allowed the construction of the Index of Agricultural Modernization (IAM); the step was to adopt Exploratory Spatial Data Analysis (ESDA) to determine patterns of spatial concentration
The clusters of high IAM occur in areas of best HDI (Human Development Index) with flat relief mechanization, fertile and low constraint to agricultural production soils strongly related to high productivity and capitalization
Summary
Segundo Souza e Lima (2003), a partir da II Guerra Mundial, o meio rural brasileiro sofreu alterações relevantes, principalmente tecnológicas. Tais mudanças intensificam-se, sobretudo, a partir da década de 1960, quando o setor agrícola inicia mais fortemente o processo de modernização. O período subsequente, que compreende o fim da década de 1970 e o início dos anos 1980, é marcado pela falência desse modelo fortemente subsidiado pelo Estado (MARTINE, 1991). Tem-se uma forte retração dos subsídios, o que inicia a transição para um modelo menos intervencionista e com menor ação do Estado. Ao final dos anos 1980 e início da década de 1990, verifica-se o fim desse período de transição, com a desmontagem de todo o aparato do Estado no que concerne à intervenção no setor rural (MARTINE, 1991). A partir dos anos de 1990, tem-se um novo modelo de ordem liberal e globalizado para o setor agropecuário brasileiro, orientado, principalmente, pelo mercado. A análise da dinâmica tecnológica e sua dimensão espacial no Paraná é a principal contribuição do presente trabalho, pois analisa a evolução do setor agrícola no Estado pós-1990
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