Abstract

A violência autoprovocada pode ser compreendida quando uma pessoa pratica a ação consciente de autodestruição, esse tipo de comportamento aparece sob forma de autolesão sem intenção de suicídio ou como tentativa de suicídio. O objetivo foi analisar os casos notificados de violência autoprovocada no estado de Rondônia e os fatores associados de acordo com o meio utilizado, entre 2013 e 2021. Trata-se de pesquisa quantitativa, descritiva, retrospectiva e transversal. Com a finalidade de verificar associações das variáveis deste estudo com o desfecho – meio utilizado, utilizou-se o teste qui-quadrado de independência/Monte Carlo e o teste Exact Fisher’s. A lesão autoprovocada foi mais frequente entre mulheres <= 24 anos, pretas/pardas, solteiras, sem deficiências/transtornos, residentes urbanos, ensino fundamental. A prevalência das variáveis associadas ao desfecho evidenciou que o envenenamento/intoxicação se associou ao sexo feminino (65,5%), >24 anos (70,1%), ensino médio (65,6%), casados (68,2%) e viúvos (84,6%), ocorrência na residência (63%). A presença de deficiência/transtorno foi associada ao enforcamento (15,3%). Houve também uma associação entre o uso de objetos perfuro cortantes e a ocorrência fora da residência (37,5%), além de casos de violência repetida (37,5%). Observou-se um aumento nos casos de violência autoprovocada, principalmente entre mulheres, adolescentes e jovens, com variações significativas conforme o método utilizado.

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