Abstract
Este estudo investigou a associação entre fatores ambientais, demográficos e socioeconômicos na área mais pobre de Brasília, capital do Brasil, e a ocorrência de arboviroses autorreferidas. Trata-se de um estudo transversal com abordagem quantitativa incluindo variáveis sociodemográficas, acesso à água e saneamento, esgotamento sanitário e hábitos de vida. Um questionário criado no aplicativo Google Forms foi enviado via celular aos chefes de família que moravam na área Estrutural, que abrigou o maior lixão a céu aberto da América Latina em quase 60 anos. Houve 2.176 respostas, sendo 1.934 (88,9%) mulheres, 1.432 (65,8%) não tinham companheiro, 961 (44,16%) eram sem instrução ou tinham ensino fundamental incompleto e 1.021 (46,92%) relataram ter tido alguma arbovirose. Após a análise ajustada, armazenar água na residência (Odds Ratio - OR 1,58; IC 1,30-1,92), ter conhecimento sobre prevenção de arboviroses (OR 2,22; IC 1,61-3,06) e ser catador de material reciclável (OR 1,84; IC 1,46-2,31) tiveram associação positiva com arbovirose autorreferida, enquanto a coleta de lixo foi fator de proteção (OR - 0,71; IC 0,63-0,92). Observou-se influência de fatores ocupacionais e ambientais nas arboviroses. São necessárias medidas intersetoriais efetivas direcionadas a essa população vulnerável, incluindo capacitação para enfrentamento dessas doenças.
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