Abstract

Os Estudos de Tradução possibilitam responder a questões que surgem quando lemos Guimarães Rosa, pois como leitores em nossa língua-cultura, a obra de Rosa nos inquieta quando nos deparamos com a sua linguagem: uma construção da sintaxe um tanto quanto diferente e a presença de neologismos. Conhecendo a língua inglesa e também um pouco de sua cultura, questionamo-nos como seria possível transpor alguns desafios peculiares à linguagem rosiana. Assim, neste estudo, analisaremos como isso acontece na única tradução para o inglês do conto <em>“</em>Famigerado<em>”,</em> de Barbara Shelby, em 1968. Ao fragmentar a linearidade das frases, isso sugere a descontinuidade do tempo ou da linguagem oral, além de criar uma pontuação também única na versão para a língua inglesa. De que maneira essa singularidade rosiana foi traduzida? Como foi feita a tradução de trechos peculiares de Rosa, por exemplo, “<em>Se sério, se era. Transiu-se-me”</em>? A sintaxe rosiana se faz notável na versão em inglês ou ela se perdeu no processo da tradução? Para nos imbricarmos na tentativa de buscar resposta a esses questionamentos, apropriaremo-nos da definição de tradução domesticadora e estrangeirizadora proposta por Lawrence Venuti na sua Teoria da Invisibilidade.

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