Abstract

RESUMO Este artigo analisa as perspectivas abertas pela história digital para a renovação da produção historiográfica a partir da experiência do Centro de Documentação e Imagem (Cedim) da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ). Destaca a contribuição da disponibilização de acervos digitais para a autoestima coletiva dos moradores da Baixada Fluminense, superando os estigmas tradicionalmente associados à região, como no caso da documentação da Cúria Metropolitana de Nova Iguaçu, de grande relevância para o estudo dos movimentos sociais locais. Por fim, analisa o Cedim como locus de cooperação entre historiadores e cientistas da computação, que originou o Mestrado em Humanidades Digitais da UFRRJ.

Highlights

  • Este artículo analiza las perspectivas abiertas por la historia digital para la renovación de la producción historiográfica partiendo de la experiencia del Centro de Documentación e Imagen (CEDIM), de la Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ)

  • É crescente a percepção de que a “revolução digital” gera também profundas transformações no âmbito da produção e circulação do conhecimento histórico

  • Sistematizando reflexões sobre “promessas e perigos da história digital” em 2006, Cohen e Rosenzweig relembravam a polarização estabelecida nos anos 1990 entre os “profetas” que viam na internet o início de mudanças sociais tão profundas quanto as trazidas pela descoberta do fogo e os tecnocéticos “neoludditas”, como a conservadora Gertrude Himmelfarb, que alertava para os riscos de uma rede global que “não distingue entre o verdadeiro e o falso, o importante e o trivial, o duradouro e o efêmero” (Himmelfarb, 1996)

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Summary

Censos demográficos

Fonte: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). (1) Ao longo da década de 1940, o território de Nova Iguaçu foi sucessivamente desmembrado para a formação de novos municípios: Duque de Caxias (1943), Nilópolis (1947) e São João de Meriti (1947). A Baixada Fluminense, por ser uma região com significativo e variado processo de industrialização e com histórico de conflitos agrários e urbanos, chegou a atrair diversos grupos de resistência à ditadura, que passaram a atuar junto aos movimentos sociais locais (Carvalho, 2015; Costa, 2009; Grinszpan, 1987; Mendonça, 2017; Ramalho, 1989; Ribeiro, 2015). O Fundo tem documentos sobre a presença da JOC na Baixada Fluminense, bem como sobre sua atuação no Brasil; 4) Pastoral Operária (PO) – Documentação sobre a atuação da Pastoral Operária em Nova Iguaçu e no Brasil, com destaque para a inserção dos participantes ligados à Igreja em diversos movimentos de trabalhadores na região; 5) Ocupações urbanas – Baixada Fluminense – Reúne documentos a respeito de ocupações urbanas na Baixada Fluminense, com reflexões bem interessantes sobre a participação da Igreja junto aos movimentos de ocupação; 6) Reforma agrária e trabalhadores rurais – Reúne documentação relativa à questão agrária na Baixada Fluminense e em nível nacional; 7) Direitos humanos e a Diocese de Nova Iguaçu – Conjunto de documentos relacionados com a participação da Diocese de Nova Iguaçu em movimentos pelos direitos humanos no Brasil e nas denúncias sobre assassinatos na Baixada Fluminense

Outras parcerias celebrada pelo Cedim
Referências bibliográficas
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