Abstract

A soja é a principal commodity do agronegócio brasileiro e o estado de Mato Grosso o maior produtor da oleaginosa no país. Neste cenário o município de Sorriso-MT figura como o maior produtor de soja do país, sendo reconhecido oficialmente como a Capital Nacional do Agronegócio. Diante do exposto, este estudo teve por objetivo averiguar a expansão horizontal e vertical da produção da soja no município mato-grossense de Sorriso, no período de 1985 a 2014. Também foi comparada a produção do município com os maiores produtores de soja do Estado, com a região Centro-Oeste brasileira e a produção nacional. O levantamento das informações se deu por meio de pesquisa bibliográfica e de dados secundários. Os dados foram analisados através de estatística descritiva e apresentados em tabelas e gráficos. Em 2014 a área com plantio de soja em Sorriso representou 2,10% do total das áreas cultivadas no país, produzindo 2,30% do total nacional. Em relação ao Centro Oeste, foram cultivados, no município, 4,57% da área e produziu 4,74% da safra regional. Naquele ano o plantio de soja no município representou 7,37% do total da área com a cultura em Mato Grosso, produzindo 7,50% do total da safra do grão no Estado. As lavouras com plantios de soja ocupavam 7,21% do território do município em 1985 e passaram a ocupar 68,8% em 2014 com 635.000 hectares e uma produção de 1.981.800 toneladas do grão. Mesmo observando que em alguns anos, dentre o período estudado, o acréscimo em área cultivada em Sorriso não tenha refletido em consequente aumento de produção, observa-se que o crescimento vertical foi maior do que a expansão horizontal uma vez que o incremento cumulativo da produção neste período foi de 1.301,10% e da área cultivada de 842,75%. Estes resultados colocam Sorriso como o maior produtor de soja do país e demonstra a boa adaptação da cultura à região e os investimentos em tecnologias da produção visto maior expansão vertical do que horizontal. No entanto, o importante incremento da produção ocasionou o aumento, de forma proporcional, do desmatamento de mais de dois terços da vegetação nativa, representando um importante passivo ambiental para região.

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