Abstract

A partir do final da década de 1990, o cultivo da soja avançou do bioma cerrado para a Amazônia, impulsionado por investimentos governamentais e privados em infraestrutura, como o porto da Cargill em Santarém (2004) e a pavimentação da BR-163 no Pará. Nos municípios de Santarém, Belterra e Mojuí dos Campos, a área de cultivo de soja aumentou de 16 mil ha em 2004 para 75 mil ha em 2020, acompanhando melhorias na infraestrutura de transporte, um fator chave na expansão da soja. Este estudo objetiva caracterizar espacialmente as mudanças nas condições viárias e seu impacto no tempo de viagem das áreas de cultivo até o porto de Santarém entre 2004 e 2020, na região Oeste do Pará. O método incluiu a geração de uma superfície de atrito e a atribuição de velocidades diferenciadas para estimar o tempo de viagem, considerando uso do solo, condições e extensão das estradas e declividade. Os resultados mostraram um aumento significativo na extensão da rede de estradas, de 2.322 km para 5.114 km, e uma redução no tempo médio de viagem de 65 minutos no período seco e 92 minutos no período chuvoso. As maiores reduções no tempo de viagem ocorreram na porção sul da área de estudo, devido à abertura de novas vicinais conectadas à BR-163. No Planalto Santareno, onde houve maior expansão da soja, a redução no tempo de viagem foi menor, refletindo uma rede viária já consolidada em 2004.

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